Assisti, enfim, o filme The Old Guard da Netflix, que segue um grupo de soldados imortais, que usam esse dom para ajudar a humanidade, destruindo os inimigos, salvando pessoas durante toda a história da humanidade.
É um filme de ação, com representatividade, mas não é a base do filme, isso não atrapalha o enredo da história, até mesmo é algo que é deixado em segundo plano, pois muitas cenas do filme são como fillers de animes, não são tão importantes para a trama central, ou até mesmo para a ação. Como o filme segue um grupo de humanos imortais, com poderes de cura, eles têm muitos diálogos filosóficos, muitos pensamentos.
Isso afasta as cenas de ação uma da outra, com um plot twist que é interessante e cenas de luta coreografadas muito boas, cenas de troca de tiros, lutas armadas e até lutas com mãos livres, o filme é bem feito, mas o enredo não é muito fluído, pois parece que o filme precisa se explicar demais. Uma das coisas boas dessa produção, que eu acho que a Netflix quer investir é a mitologia que foi criada, como é uma obra baseada em um quadrinho, a mitologia gerada pelo filme é bem interessante, com curtas sobre alguns personagens liberados, algumas imagens promo que incitam a curiosidade por um universo maior que apenas duas horas de filme.
Com fotografia boa, mostrando cenários tecnológicos, armas extremamente poderosas, mas não perdendo a essência do uso de armas brancas, afinal, são guerreiros que estão no mundo há séculos, senão milênios, o que os faz mestres em espadas e machados. A trilha sonora é muito bem encaixada no filme, cumprindo seu papel de imersão na história e nas cenas.
Mas o que realmente chama a atenção no filme é a parte da história dos personagens que eles mesmo não sabem, assim que salvam alguém, interferem na história, algo de bom acontece para a humanidade, isso não é segredo nenhum. E uma frase de Andy também chama muito a atenção que é: “Não temos todas as respostas, mas temos um propósito.” Mesmo eles não sabendo da diferença que eram no mundo, buscavam fazer a diferença, mesmo sem ninguém os conhecer, mesmo que eles quisessem desaparecer depois de uma boa ação.
Os imortais não buscam fama, não buscam que sua imagem seja importante, mas que as marcas que eles deixem na sociedade como um todo sejam positivas e possibilitem a melhora do mundo.
Achamos valores assim descritos nas Escrituras Sagradas do Cristianismo, onde vemos pessoas extraordinárias, completando feitos extraordinários, sinais e maravilhas sem fazer com que seus nomes fossem famosos, mas sim, que o propósito maior seja completo. Nossa vida também deve ser assim, se acreditamos que vamos passar a eternidade com Cristo, precisamos entender que nossa missão é mais importante que a nossa própria vida, pois teremos uma eternidade para viver.
Que possamos procurar cumprir nosso propósito de vida e não tentarmos ser famosos, mas sim fazermos nosso mestre famoso, através de nós e dos nossos feitos, mas que esses feitos realmente foquem na missão e não na busca da fama e poder.