Mortal Kombat - Bando de Quadrados
Mortal Kombat
Review - Filme

Mortal Kombat

TATO CAMPOS - 25.04.2021 16:03
    
4 min. de leitura

Assisti o filme que veio com tantas promessas e esperanças de ser um filme bom, com possíveis continuações, uma produção que agradaria os fãs da franquia, apresentaria a franquia e os personagens a novos fãs e ainda honraria o legado de Mortal Kombat, pois teve seu elenco escolhido pela capacidade de luta e não pela fama do elenco.

Enfim, vemos um novo lutador surgindo, Cole Young, um lutador fracassado de MMA, que já teve seus dias de glória, porém vive uma onda de perdas constantes e sempre apanha muito de seus adversários, não conseguindo ganhar nem seus poucos dólares por luta. Então vemos que ele tem uma marca de nascença que é o dragão, símbolo do Mortal Kombat, e somos apresentados a mais campeões que tem essa marca. 

A marca em si é algo à parte, que pode vir pela linhagem sanguínea da família, ou por merecimento, quando um campeão é morto, a marca é passada para quem o matou, o tornando um campeão da Terra.

Eu sei que o enredo de Mortal Kombat é bem confuso e por anos, nós não soubemos ao certo qual era mesmo a história central, porém a partir do Mortal Kombat 9, temos uma história e uma estrutura de enredo que se estende pelos outros jogos, que era o que esperávamos ver no filme, infelizmente não foi isso que vimos. O filme tinha tudo para ser a melhor adaptação de videogame, a geração atual é a geração com mais tecnologia disponível, melhores efeitos CGI, porém, com os fãs mais exigentes, pois viemos de uma conclusão enorme do MCU e um Snyder Cut da Liga da Justiça. 

A trilha sonora é boa, mas, para mim, faltou um pouco lembrar do videogame, faltou um pouco da trilha sonora da franquia, porém, é um filme. A fotografia é legal, mas ainda apresenta algumas falhas, pois, como não teve um torneio mesmo no filme, não tivemos nenhum cenário para comparar.

O enredo do filme é uma história original que não faz ligação aos jogos, porém, não se sustenta, colocando protagonistas, como Liu Kang, apenas sendo personagens secundários sem grande importância para o enredo. Kung Lao ganhou uma participação pequena também, entre outros pontos que não agradaram muito a quem conhece a franquia.

Se a promessa é ter mais filmes, o filme deveria ter uma evolução de personagens mais efetiva e interessante. Um ponto positivo são os Fatalities, a violência gratuita sanguinária está bem presente no filme, é legal, embora alguns efeitos não sejam perfeitos, o filme tem Fatality de quase todo mundo, mas Mortal Kombat não é apenas isso.

Não sabemos quais são os planos da Warner para a franquia, mas creio que não foi um começo do modo que gostaríamos que tivesse sido, esperamos que possa sair um “Snyder Cut” de Mortal Kombat, ou que se redima com uma história diferente, pois o novo personagem não sustenta uma história por si só. 

O que me leva a pensar sempre na expressão “O povo que não conhece a própria história, está fadado a repeti-la", pois a empresa vem falhando com alguns lançamentos há um tempo, porém, aparenta não dar ouvido ao público, levando as franquias a serem fracassos de bilheterias, quando deveriam ser grandiosos sucessos. Assim como nas Escrituras Sagradas do Cristianismo que achamos, no livro de Oséias, o texto “O meu povo foi destruído, por falta de conhecimento…” no capítulo 4, verso 6.  É exatamente isso que vemos no decorrer dos lançamentos da Warner, visto que isso não é o único problema que se apresenta no filme, então não podemos afirmar que essa é a raiz de todos os males.

Mas é muito importante e saudável para o constante crescimento pessoal, profissional, ou espiritual, que tenhamos em mente de onde saímos, para sabermos para onde vamos e onde o Criador quer nos levar. 

Vale o entretenimento do filme, porém, não espere aquela honra imensa que imaginamos que fosse.

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