Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica - Bando de Quadrados
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
Review - Filme

Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica

TATO CAMPOS - 22.04.2020 10:17
    
5 min. de leitura

 

O longa se passa em uma cidade chamada New Mushroomton, que tem habitantes diferentes, como elfos, trolls, centauros, sereias, gnomos, unicórnios, dragões e outros seres mitológicos ou seres mágicos. Somos apresentados aos irmãos elfos adolescentes, Barley e Ian Lightfoot, que embarcam em uma aventura com sua van para descobrir se seu mundo ainda possui magia para terem um encontro com seu pai que faleceu quando eles eram muito novos.

 

A magia fluía livremente entre as pessoas do mundo, porém não eram todos que conseguiam usá-la, então começaram a facilitar o uso da magia, criando apetrechos que manipulavam certas características da magia e eram apresentados como tecnologia, logo, os seres que usavam magia, começaram a usar relógios, lâmpadas, carros, internet e depois de algumas gerações, os seres mitológicos estavam vivendo exatamente como nós humanos vivemos, totalmente dependentes da tecnologia e das máquinas que nos foram apresentadas para facilitar nossa vida.

 

O filme é muito legal, o enredo é bem fluído, fotografia é legal, não sei bem se podemos avaliar uma fotografia de uma animação, pois os caras me surpreendem na riqueza de detalhes que apresentam, cada vez mais. Mas é uma história épica de fantasia com muitos elementos de RPG, um leve toque de Tolkien e C.S. Lewis na história, pois a trama nos mostra muita cultura da honra ao passado, e o quanto as pessoas (ou seres mitológicos) não honram sua história e não prestam atenção que o passado tem as respostas para um futuro melhor. 

 

A trilha sonora, como é de se esperar da Pixar, é incrível, mais uma vez a Disney mostrando que não brinca em serviço, e o elenco de voz é muito bom, os atores Tom Holland e Chris Pratt realmente conseguiram criar uma química muito boa nos personagens e conseguiram “vestir a camisa” dos personagens emprestando apenas suas vozes para os elfos. 

 

É mais uma animação que eu recomendo muito, principalmente pela mensagem que o filme traz, como sempre, a Disney e a Pixar conseguem colocar valores familiares, valores de amizade e muitos outros valores em uma animação que aparentemente é feita para crianças, mas a história das animações vem mudando isso né, desde que começaram a investir pesado nas animações, as mensagens que as mesmas passam são incrivelmente profundas. 

 

O interessante do filme é que ele mostra realmente o que aconteceu conosco, o ser humano tinha tanta coisa, estudamos feitos incríveis dos povos antigos, e hoje, precisamos diminuir o tamanho de tudo, pois não conseguimos carregar mais nada, precisamos de carros para ir nos mercados que ficam na esquina, pois nosso condicionamento físico é quase inexistente e uma outra coisa que me chamou muito a atenção é que os personagens mágicos não sabia que era mágicos, pois os antepassados pararam de usar a magia. 

 

Eu vejo isso nas Escrituras Sagradas, quando no Antigo testamento, vemos Deus, o Criador, realizando milagres, sinais e maravilhas com o povo, falando através de tempestades, se manifestando com colunas de fogo, terremotos, nuvens de sombras, chuva de fogo e enxofre, maremotos e muitos outros feitos que apenas um Deus conseguiria fazer, então o povo fica com muito medo desse ser e pede para Moisés ser a ponte entre Deus e o povo, nisso vemos o nascimento dos profetas que eram a representação da voz de Deus para as pessoas, logo vemos a Nova aliança com a vinda de Jesus, o Cristo, para selar a aproximação livre das pessoas à Deus, porém nós vemos no livro de Romanos que “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.” 

 

Com essa destituição da graça de Deus, isso nos afastou do poder de Deus, o que nos fez ter que usar apetrechos que usam algumas características disso (homens que tem conexão boa com o mundo espiritual) para podermos canalizar um pouco da manifestação da Graça. Porém esquecemos que o véu foi rasgado, a Graça é livre, podemos viver, SIM, constantemente na presença dEle. 

 

Nisso, assim como no filme, esquecemos nosso propósito central de vida, que é glorificar o nome do Senhor e adorá-Lo em Espírito e em Verdade, de todo coração, toda alma, toda força e todo entendimento. Precisamos nos lembrar do que nos pode dar esperança, assim como diz nas Escrituras Sagradas, isso vai nos dar forças para evitar o pensamento que não podemos nos conectar com Deus, pois a conexão com ele é livre, é pela graça, Cristo nos comprou a preço de sangue, nós, então, precisamos estar dispostos a pagar o preço que é morrer para esse mundo e viver para Cristo, para termos a gloriosa esperança da eternidade com o Pai que nos criou, nos amou e nos adotou.

 

Sejamos aventureiros e embarquemos na Jornada Fantástica que é a vida totalmente entregue a Deus.

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