Alice in Borderlands continua surpreendendo sem se perder no roteiro - Bando de Quadrados
Alice in Borderlands continua surpreendendo sem se perder no roteiro
Review - Série

Alice in Borderlands continua surpreendendo sem se perder no roteiro

TATO CAMPOS - 02.01.2023 17:57
    
3 min. de leitura

Recentemente a Netflix liberou a segunda temporada da série japonesa de ação e aventura, Alice in Borderlands, com episódios maiores, incluindo o último capítulo com quase duas horas de duração e muita violência sem se perder na história. 

Muito comparado com a série coreana Rond 6, Alice in Borderlands segue a premissa de existir um jogo e todos os jogadores precisam jogar, para sobreviver na realidade que estão, Arizu, então, começa sua jornada desde a primeira temporada, quando perde seus melhores amigos e encontra outras pessoas que começam a ser seus companheiros, com o objetivo principal de zerar todos os jogos e, assim, voltar ao mundo real. 

Nesta segunda temporada, vemos os vários dirigíveis dos jogos das cartas com caras, ou seja, Valetes, Rainhas e Reis dos naipes de baralho, Paus, Espadas, Copas e Ouros, cada um com sua particularidade e objetivo de eliminar todos os jogadores das mais diversas formas possíveis, incluindo um banho de ácido sulfúrico.

Vemos que os roteiristas seguiram o mangá e não se perderam na violência gratuita, muito embora tenha bastante, o arco é bem envolvente, e os ganchos entre os episódios são muito bem pensados, fazendo com que seja uma série de maratonar todos os episódios, ficar horas assistindo com aflição para que possamos ficar mais dois anos reclamando que a Netflix não lança a nova temporada. 

Rica em detalhes, com efeitos muito bons (para uma série baseada em mangá), a segunda temporada vem mostrar a versão dedicada e centrada de todos os personagens, e o quanto um jogador obstinado a concluir seu objetivo consegue ultrapassar e o quanto Rocky estava certo na sua frase que diz “Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar”, porque, olha, como eles sofrem, como apanham, como levam tiros, mas, como bons personagens de séries japonesas, inspirados em Cavaleiros do Zodíaco, os personagens podem perder setenta e dois litros de sangue, podem levar tiros nos mais variados lugares do corpo, mas eles se levantam e terminam sua missão. 

A fotografia da temporada é um tanto quanto parecida com a da primeira, alterando alguns lugares e cenários, tendo uma evolução no cenário geral, para termos a ideia que o tempo está passando. As provas também utilizam muito dos cenários para uma experiência imersiva, juntamente com a trilha sonora, que continua igualmente boa, porém não é muito marcante, apenas auxilia na experiência dos telespectadores, não possuindo músicas icônicas em seu repertório. 

O que mais chama a atenção e nos prende nessa temporada é a construção dos personagens e tudo que eles precisam passar para zerar os jogos, os sacrifícios cometidos, as escolhas difíceis e os laços de amizade e aliança que se formam inusitadamente entre personagens que, no cenário do mundo real, nem se cruzariam.

Com um enredo cativante e envolvente, a segunda temporada de Alice in Borderlands veio para nos deixar bem confusos quanto ao que é real e o que não é, se tudo que vimos os personagens viver era fruto da imaginação de alguém, se era um delírio coletivo, se foi realmente um jogo, ou tudo só passou de um sonho, mas isso, é uma discussão para outro texto. 

Recomendo muito a série, é uma das poucas séries baseadas em mangá que eu realmente apreciei, porém, fiquem atentos ao conteúdo e a classificação indicativa da série, isso precisa ser respeitado! 

Seja sempre um Terráqueo com Mentalidade Celestial!! 


Alice in Borderlands
NOTA:
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO:
16 anos
ANO:
2022
DIRETOR:
Shinsuke Sato
ROTEIRO:
Haro Aso, Shinsuke Sato, Kuramitsu Yasuko
DURAÇÃO:
487 minutos
ELENCO:
Kento Yamazaki, Tao Tsuchiya, Aya Asahina, Miyoshi Ayaka, Sho Aoyagi, Nijiro Murakami, Yutaro Watanabe
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