Os Novos Mutantes - Bando de Quadrados
Os Novos Mutantes
Review - Filme

Os Novos Mutantes

TATO CAMPOS - 08.12.2020 00:49
    
4 min. de leitura

Finalmente, após anos de espera, com muitos adiamentos, cancelamentos, voltas, refilmagens e muitos outros obstáculos, eu consegui assistir The New Mutants, o novo filme da Fox da franquia X-Men. Sim, eu sei que a real estreia do filme foi em Outubro, mas eu tive que esperar a pandemia diminuir para conseguir alguma coisa desse filme, pois não tinha nenhum cinema funcionando na cidade onde moro, mas vamos lá.

O filme é razoável, creio que a hype de ter um filme de terror com mutantes foi construída há muito tempo, então estava maior que o resultado final, mas isso não é nenhuma novidade, geralmente esse tipo de coisa acontece no cinema, principalmente quando é um filme de heróis e que tem esse tanto de atraso para chegar.

Razoável é até bom para esse filme, creio que esperava uma super produção e que seria a introdução a uma nova geração de heróis, porém é um filme de jovens com problemas de jovens, e como o pessoal do Choque de Cultura sempre diz, jovem é errado, porque quando a gente é jovem coisas fazem sentido que na verdade não fazem.

Então vemos cinco jovens aprontando altas confusões em uma mansão feita para uma doutora ajuda-los a controlar seus poderes, é uma aspirante a professor Xavier da vida, que posa de boa moça, médica, da a entender que seu chefe é o próprio Charles e que ela está os treinando para serem X-Men. Muito bacana, é um começo muito bom, até a chegada de Dani, a agora psíquica que seus poderes são basicamente materializar os maiores medos das pessoas.

Dani, então, começa a, descontroladamente, tornar os maiores medos de todos reais, muito reais, ao ponto de quase matar os novos amigos. Então somos apresentados a parte de terror e suspense do filme, que é mais para um terror psicológico, onde vemos os personagens sucumbindo a loucura que é reviverem seus medos e fatos que foram enterrados em suas mentes.

O ponto aqui fica interessante, pois o tom do filme muda, juntamente com a trilha sonora, fotografia e edição, a computação gráfica é um dos pontos bem positivos do filme, pois os efeitos são muito legais e muito bem feitos, a trilha sonora ajuda bastante a experiência imersiva, a fotografia é bem simples, pois o filme inteiro passa em apenas um lugar, o que facilita para a ambientação, embora tenhamos cenas externas e cenas de lembranças em outros lugares, grande parte do filme se passa dentro do hospital/prisão/mansão adaptada.

Obviamente não contarei o final, nem o plot twist que tem no filme, que é bem interessante, inclusive a construção dos fatos para que isso aconteça é bem feito. Logo temos um filme de jovens que precisam vencer seus medos, usando seus poderes ou não, eles precisam enfrentar o que mais temem para salvar seus amigos e suas próprias vidas.

Porém nos leva a pensar na nossa vida, quantas vezes nós temos eventos que nos criam medos, ou traumas e apenas enterramos em algum lugar bem escondido da nossa mente e não visitamos esse lugar para nada, é um “quarto proibido” ou um lugar cercado por muros que são, as vezes, visitados em alguns pesadelos, ou lembranças traumáticas dos eventos que nos levam a incitar nossa mente a uma ansiedade, uma fobia, ou algum sintoma de fundo psicológico.

Encontramos nas Escrituras Sagradas, No livro de Primeira João, capítulo 4, no versículo 18, que “No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.” E isso é uma verdade, o medo, automaticamente, nos causa uma sensação de prisão, castigo, punição, o que não existe no amor, e o perfeito amor nos foi apresentado por Jesus, o Cristo, em sua vida, obra e consumação da nova aliança com a sua morte e ressurreição.

Devemos, então, nos abrir para esse amor, para que aquele que nos criou possa lançar fora os nossos maiores medos, e assim, nós poderemos vencer os medos e vivermos a plenitude do amor e sendo aperfeiçoados no amor, teremos condições de transformar as pessoas e a cultura ao nosso redor, glorificando o nome do Criador, o que é o nosso propósito principal de vida!

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