Enfim assisti o famigerado e muito comentado Bird Box, lançamento cinematográfico da Netflix, estrelado pela talentosa Sandra Bullock, como Malorie, a mãe de duas crianças que luta pela sobrevivência em um mundo apocalíptico que pela presença de um ser que não pode ser visto, quando avistado por alguém, o leva a loucura e ao suicídio.
Vamos primeiro analisar o filme, como um filme, hehe... A fotografia do filme é bem bonita, embora seja um cenário caótico, os cenários de floresta e natureza são bem presentes e bem filmados, muitas cenas com angulação diferente, cenas com câmera fixa e várias outras jogadas de filmagens que sempre esperamos das produções da Netflix. Trilha sonora nos ajuda a entrar no clima de suspense e tensão que, por duas horas, acompanhamos.
Não há nada para discutir sobre o elenco de peso que o filme tem... Sandra Bullock, Trevante Rhodes, John Malkovich entre outros são atores consagrados e muito bons, que apresentam personagens muito bons e complexos que, na minha opinião, poderiam ter sido mais explorados, ou talvez, esse filme abra a porta para uma série de mesmo nome, que explore os personagens e seus traumas a fundo (seria sensacional).
O enredo do filme é bom, porém tem um grande problema, o filme não se explica, não da uma resolução para o telespectador, o que gera uma revolta nas pessoas que o assistem, afinal de contas, estamos acostumados a não pensar, apenas absorver o que nos é apresentado como verdade e assim, não precisamos pensar, ler ou estudar. Logo, não é de se espantar que muita gente tenha achado esse filme fraco, ruim ou qualquer outra coisa que não seja positiva, pois o filme deixa muitas questões abertas para que o telespectador pense, imagine e fique remoendo respostas e teorias conspiratórias do que seria aquilo, ou do que teria acontecido, ou a razão pela qual algo aconteceu. O que, no meu ver, é justamente o que deixa o filme bom, como um bom leitor, eu amo pensar e imaginar possibilidades, então Bird Box me ganhou com essa proposta nova, de trazer um filme para um público pensante.
Também vi algumas analogias com as Escrituras Sagradas, principalmente voltadas para fechar os olhos para o pecado, ou ainda, “se seus olhos forem bons, tudo será bom, e vice versa”... São analogias magníficas e muito reais que me fizeram ver o filme com novos olhos. Mas, enquanto estava assistindo o filme, uma coisa sufocou meus pensamentos o tempo todo, porque raios aqueles loucos ficavam sãos e psicopatas quando olhavam pro demônio, capeta, capiroto invisível? Enquanto as pessoas ditas sãs, eram levadas à loucura a ponto de se suicidar... Isso corroeu meus neurônios até que, em oração, me veio algo à mente que me deu uma luz incrível.
Quando nos convertemos, aceitamos a Cristo como nosso Senhor e Salvador, temos nosso espírito vivificado e nossos olhos espirituais são abertos para uma realidade espiritual completamente diferente de tudo que estávamos acostumados a viver, acordamos para a realidade de não viver mais para nós mesmos e sim ter o caráter moldado a ponto de Cristo viver em nós. Então temos que cometer um suicídio todos os dias, matando nossa carne, nosso EU... para que Cristo viva em nós e vivamos debaixo da boa, perfeita e agradável vontade de nosso Senhor, Deus. Assim como as pessoas que tiravam suas vendas e eram levadas a matar sua carne no filme, somos levados a matar nosso eu, todos os dias, carregar nossa cruz, deixar que Cristo viva em nós.
Partindo desse princípio, as pessoas que viviam sem vendas, dizendo que o que elas viram era lindo, e viravam os psicopatas da trama, são apenas aquelas pessoas que pregam que Jesus pagou TUDO na cruz e não precisamos fazer absolutamente nada para termos um caráter de Cristo, afinal de contas, estamos vivendo na era da Graça e isso é de graça, logo, posso fazer o que eu quiser, que já estou salvo, posso matar meus amigos espiritualmente, que não existe mais pecado para quem está em Cristo, e assim vão distorcendo os ensinamentos de nosso Salvador a ponto de virar psicopatas espirituais...
Que possamos morrer todos os dias para o pecado e para nossa carne a fim de termos o caráter de Cristo vivificado cada dia mais em nossas vidas!
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