A Netflix retorna com a loucura que é The Umbrella Academy, com os irmãos mais improváveis possíveis precisando trabalhar juntos para lutar contra o apocalipse e impedir o fim do mundo.
Aparentemente a trama descrita no parágrafo anterior é muito parecida com a das temporadas anteriores, porém, a terceira temporada de The Umbrella Academy chega com uma proposta diferente, pois somos apresentados a Sparrow Academy, onde outros sete poderosos são adotados pelo velho Sir Reginald Hargreeves, pois, depois do encontro dos irmãos originais com ele, em 1963, na temporada anterior, ele achou melhor adotar outras crianças e não as que ele iria adotar.
Essa temporada tem um peso maior, por já termos conhecido os poderes dos irmãos e o que eles conseguem fazer, apesar que existem algumas evoluções de poderes bem interessantes nessa temporada, não existiria uma novidade no caso do apocalipse ser causado por um paradoxo temporal deles terem viajado no tempo.
A trama dessa nova leva de episódios que foram liberados por completo pela Netflix vai um pouco além, pois a linha do tempo é reescrita por Hargreeves, o que coloca os irmãos em um paradoxo chamado “Paradoxo do avô”, pois causam uma anomalia temporal que não existe explicação, como se um neto voltasse no tempo para matar seu avô, antes de sua mãe ter nascido, logo, o avô dele nunca teve filha, consequentemente, ele não nasceu, logo, quem voltou no tempo para matar o avô? e assim vai criando um looping infinito e causando o que já estamos acostumados na DC com o Flashpoint, quando alguém volta e altera a linha do tempo, as coisas geralmente ficam ruins.
Com isso, os irmãos causam o que é chamado de Kugelblitz, um buraco negro de cor vermelha com raios e relâmpagos que se alimenta de tudo até o fim do universo, então somos apresentados a um plano de contingência do velho, chamado de Oblivion, que seremos apresentados a esse pocket universe mais para o final da série, o que também não é muita novidade para quem está acostumado com Fringe e Doutor Estranho.
Com isso vemos que, na verdade, o objetivo de Reginald era ter seres poderosos o suficiente para eliminar os guardiões do segredo do universo, pois Oblivion é a sala onde tudo é escrito, e o velho safado, sem vergonha sabe de tudo isso e quer reescrever a realidade para ele se dar bem e, realmente, não liga para seus filhos, ou liga? Fica aqui o questionamento para você assistir e saber a resposta.
Agora, falando sobre Netflix e falando sobre The Umbrella Academy, não podemos deixar de falar das edições, músicas e como o enredo consegue ser fluido a ponto de ser uma série agradável de maratonar (Sim, mesmo eu, que sou contra maratonar séries consegui e gostei), levando em conta que já tivemos duas temporadas muito bem feitas, os efeitos dos poderes e as CGIs dessa temporada estão muito bons, podemos levar em conta que é uma série e não uma superprodução cinematográfica da Marvel.
As transições da série são algo que chamam a atenção, pois, como é de se esperar da produção, vemos muitas cenas transicionando com foco nos personagens ou em algo que tenha em comum nas duas cenas, o que é algo muito bom para que o telespectador não tenha momentos de fuga, como telas pretas ou cenas de paisagens para explicar onde estão, obviamente que esse tipo de transição também ocorre, mas não é um recurso extremamente utilizado.
As cenas musicais também são muito boas nessa nova temporada, pois, sempre temos pelo menos uma cena dos personagens dançando e se divertindo e na terceira temporada contamos com três cenas dessas, inclusive uma logo no primeiro episódio, um tanto quanto confusa e engraçada, mas muito divertida, sendo a melhor delas ao som de Footloose.
O que nos leva a considerar um pouco a trilha sonora, que é muito boa, pois, como é uma série sobre viagem no tempo, temos músicas antigas e novas na trilha sonora, além de um instrumental que realmente consegue ajudar na imersão da experiência de assistir a série.
Com muita ação, muitos personagens novos, arcos interessantes e profundos não apenas entre os irmãos da Umbrella Academy, mas com os personagens da Sparrow Academy, alguns plot twists bem interessantes, essa temporada chegou para apresentar novos poderes e causar uma explosão de mentes, principalmente no episódio final da série.
Creio que não será o fim dos Sparrows, pois existem personagens muito bons ali para arcos de histórias, como a número 3 e seus corvos,ou até mesmo a Sloane, a gravitacional que tem um papel importante para os Umbrella, nos resta esperar ansiosamente por uma quarta temporada.
Recomendo a série e recomendo que mantenha a mente aberta, pois sempre que falamos de viagens no tempo, a coisa fica bem confusa.
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