O Homem Invisível - Bando de Quadrados
O Homem Invisível
Review - Filme

O Homem Invisível

TATO CAMPOS - 12.03.2020 08:15
    
4 min. de leitura

Quando Cecília Kass se vê presa em um relacionamento abusivo e tóxico, resolve dar um basta, porém o que ela não contava é que seu ex, Adrian Griffin, teria a genialidade e sanidade suficiente para forjar a própria morte, se tornar invisível e atormentar a sua vida como uma assombração querendo tirar a paz e a sanidade dela a qualquer custo. 

 

Essa é a sinopse resumida do Homem Invisível, afinal, não quero falar muito para não dar muitos spoilers. O suspense que te prende e mexe bastante com seu psicológico foi bem recebido pelo público e realmente é uma experiência cinematográfica boa, imersiva e envolvente.

 

Com trama bem construída, com plot twists bem pensados e bem colocados na história, O Homem Invisível vem com uma proposta de terror psicológico, onde o mal está o tempo todo ao redor da protagonista e mesmo ela sentindo-o, não consegue vê-lo, nem tocá-lo, o que é desesperador, porém prende muita atenção dos telespectadores do longa.

 

Preciso confessar uma coisa aqui também, se você, leitor, é como eu que foi treinado por anos em filmes da Marvel, DC, e afins para procurar detalhes e easter-eggs pelo filme, até conseguirá desvendar alguns mistérios do filme, o que aconteceu comigo, mas não torna o enredo fraco, não torna o filme ruim, muito menos previsível, é realmente um trabalho de juntar todas as dicas do filme que foram apresentadas por pouquíssimos segundos em tela, formar um raciocínio lógico e… Bem, lendo isso, os muitos anos de cinema, crítica de cinema e procura de easter-eggs não são para todos, Vá ao cinema e curta o filme.

 

A trilha sonora ajuda demais a imersão do filme, assim como a fotografia e a ambientação dos lugares onde o filme se passa, a edição é sensacional para o tipo de filme, takes de câmera fixa, foco em lugares onde “Não há ninguém” closes e mudanças de cenas muito bem colocados também, fora que a atuação de Elisabeth Moss é digna de aplausos em pé, pois ela consegue passar todo tipo de emoção que é possível ter, e ela carrega o filme nas costas, ela vai de depressiva, para alegre, para completamente insana, psicopata e plena com uma fluidez que é difícil ver nos filmes. 

 

Mas algo que realmente me chamou a atenção no filme é a facilidade com que os crimes são cometidos pelo Homem Invisível, tudo bem que o personagem foi feito para isso, mas é algo que mexe com quem está vendo, pois aparenta que a humanidade dele foi embora. E realmente na nossa vida é assim, quando ninguém está olhando, nossa maldade aflora de uma maneira invisível até mesmo para nós. E a maldade é o mal invisível, pois cresce dentro de nós e nos consome por dentro, assim como a insanidade mostrada no longa.

 

Pensei muito sobre isso, durante o filme inteiro, o que é o mal invisível, senão o inimigo que sempre está ao nosso redor como um leão, pronto para dar o bote nas ovelhas que estão protegidas por anjos e seres de luz? Mais que isso, são as sementes do mal que são plantadas na nossa vida, que vêm juntamente com a raiz do pecado que todos temos, onde nos faz maus por natureza, e essa maldade cresce de maneira invisível, nos consumindo e nos tornando a própria maldade, afinal de contas, só existe um bom, e biblicamente é o Deus Criador de tudo, nós não somos deuses, somos humanos, nascidos com a raiz pecaminosa da maldade. Todos temos o poder de nos tornar invisível para nós mesmos, nos tornando nossa assombração e nosso maior inimigo, pois conseguimos nos atormentar e nos enganar a ponto de nos afastarmos do que é bom sem perceber, causando insanidade, causando o terror em nossas vidas. 

 

Precisamos criar essa consciência, somos maus, somos dependentes de um ser maior, mais poderoso e bom, somente a Bondade suprema consegue suprimir nossa maldade interior. Que possamos buscar essa bondade a todo momento de nossas vidas!!! 

 

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