A conclusão de uma jornada que se iniciou em Ponto de Ignição, de 2013, Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips nos mostra uma Terra dizimada após a invasão de Darkseid, que derrota toda a Liga da Justiça após uma tentativa de ataque mal-sucedido. Agora, os sobreviventes da Liga da Justiça, Jovens Titãs, Esquadrão Suicida e outros heróis e vilões precisam se unir para levar a guerra até Darkseid, em um levante final para salvar o planeta e seus habitantes. Essa é a guerra para acabar com todas as guerras, e só os vitoriosos poderão viver para aproveitar os espólios.

Essa é a sinopse do lançamento da DC, Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips, que segue John Constantine como peça chave para a guerra final contra Darkseid, que transformou a Terra em uma versão de Apokolips, como a sinopse já indica. 

O longa animado é incrível, como esperado da DC, com um enredo muito envolvente, fotografia é caótica e apocalíptica, as caracterizações dos heróis quase acabados está muito legal, trilha sonora está muito imersiva, então ajuda demais a entrar no longa. Infelizmente a dublagem em português foi modificada, os atores que já estamos acostumados a ouvir não foram convocados para gravar esse filme, logo, optei por ver legendado, para ter o som original, com os dubladores originais sem alterações. 

O mais interessante é que o foco central da animação é a relação de John Constantine com ele mesmo e o que ele pode fazer para enxergar seus próprios erros do passado e tentar corrigir os erros e como corrigir os erros com seus meios nem um pouco normais. 

Ao ver Superman inutilizado, Ravena sofrendo com seu pai ficando cada vez mais forte, alguns heróis sob o comando de Darkseid, como vassalos tendo as mentes controladas pelo vilão, enfim, todo esse cenário caótico, Constantine só consegue lembrar que correu, quando viu sua amada Zatanna sendo brutalmente morta pelos súditos de Darkseid, os Parademons que receberam um upgrade com DNA de Doomsday. 

Não me prolongarei, pois virará spoiler, porém muito me chamou a atenção o comportamento de Constantine, que é sempre cheio de si, confiante e orgulhoso das decisões que toma, completamente perdido, indo a todos os bares possíveis tentando se embebedar, porém não consegue, pois é usuário de magia e retorna a sobriedade muito rapidamente. Ele e seu companheiro Etrigan sobrevivem aos Paradooms, pois magia sempre é eficaz contra tudo.

Muitas vezes nós não conseguimos enxergar nossos erros, achamos que estamos bem, mesmo que saibamos que não está tudo bem. Somos como o rei Davi, que precisou receber a visita de Natan para reconhecer seu erro. Somos como Constantine, que fugiu quando a pessoa que ele amava mais precisou dele, e mesmo que ele continuasse com sua “capa de orgulho e personalidade” sabia que algo estava muito errado.

Uma coisa que nós precisamos aprender sempre é como olhar para nossos erros e conseguir enxergá-los para que possamos procurar a correção correta, que é a que vem de Deus. Isso vem com a nossa procura por ter um caráter de Cristo, que sempre disse que era e é um com Deus. Devemos seguir o exemplo de Cristo, ter o caráter dele e procurar ser um com Deus, para que a correção venha naturalmente, pois Deus corrige aqueles que Ele ama. 

Se você é adotado por Deus, chama-O de Pai e busca O conhecer sempre, sabe que Ele é um pai que corrige e confronta os filhos, que possamos aprender a ser confrontados e corrigidos, pois isso vem para nosso crescimento como seres humanos e como filhos de Deus.