CUIDADO: Contem spoiler para quem não assistiu ao filme de Vingadores: Ultimato.

Recentemente, fui assistir ao filme de Vingadores: Ultimato com minha esposa. Engraçado que, quando eu vi o começo de tudo em 2008, com Homem de Ferro, eu era solteiro. Estava em um processo de “sacudir a poeira”.

Um ano antes, em 2007, tinha passado por algumas situações complicadas. Tinha terminado um relacionamento de um ano e meio e pra ajudar a derrubar ainda mais, fui mandado embora do meu antigo emprego, por causa de uma pessoa que se dizia meu amigo. Foi uma situação complicada.

Mas o que tudo isso tem a ver com os filmes da Marvel?

Foi em 2008 que eu resolvi encarar a situação em que eu estava e não deixar mais me abater pelos problemas que estavam me afligindo. E foi em uma reunião na casa de um dos meus amigos de igreja, onde assistimos o Homem de Ferro. Meu primeiro contato com o Universo Marvel. E nesta reunião, foi falado sobre Efésios 6, que cita sobre a Armadura de Deus, fazendo alusão ao filme do Homem de Ferro. Foi um momento importante pra mim e de grande decisão, onde finalmente acordei pra vida e resolvi deixar o passado para trás.

Já me estabelecido e com um novo emprego, no final do ano de 2009 conheci uma pessoa que veio a se tornar minha esposa, e depois de algum tempo juntos, resolvemos nos casar. E em 2011 tivemos uma surpresa maravilhosa. A noticia que nos tornaríamos pais de uma menina. Helena (que é o nome da minha filha), ainda dentro da barriga da minha esposa, já nos acompanhou no primeiro filme de Thor e Capitão América. Deve ser por isso que hoje ela gosta dos filmes de heróis.

Em 2012 eu tive uma nova overdose de alegria: Prestigiar o primeiro filme dos Vingadores, onde todos os heróis apresentados anos antes estariam reunidos. Eu esperava ver isso em Liga da Justiça, com os personagens da DC, mas a Marvel mostrou como fazer um bom filme com vários heróis no enredo. Ainda nesse ano, tive o prazer e alegria de ver meu time do coração ser campeão da Libertadores e Mundial de Clubes. Foi um ano realmente incrível. Pelo menos pra mim, que sou corintiano.

Chegou o ano de 2015 e fui surpreendido novamente. Já no começo do ano, minha esposa estava gravida novamente e desta vez, de um menino. Da mesma forma que fizemos com a Helena, fizemos também com o Mateus (o nome do nosso caçula). Ele já nos acompanhou, antes mesmo de nascer, os filmes dos Vingadores: Era de Ultron e Homem-Formiga.

Muitos filmes depois, chegamos a Vingadores: Ultimato. E eu e minha esposa fomos assistir o desfecho de uma grande era da Marvel nos cinemas. Esse filme foi muito comovente por suas cenas e revelações, mas pra mim, foi algo a mais. A viagem no tempo, fazendo homenagem aos primeiros filmes, me fez recordar de cada etapa da minha vida, de tudo que eu passei. Os momentos tristes, os momentos com os amigos, os momentos em família, de tudo.
Mas o que me tirou lágrimas foi quando Tony Stark, já pai e de uma menina, estava colocando ela para dormir, onde ela fala pra ele: “Te amo Mil Milhões” (na versão dublada). Quando ela disse isso, eu apertei a mão da minha esposa e ela olhou pra mim e eu pra ela, nossos olhos encheram de lagrimas, sabe por quê? Porque é exatamente essa frase que minha filha Helena falava pra nós quando ela ia dormir.

E esse filme é mais que um desfecho de um final emocionante de uma saga, foi um retrospecto de tudo que aconteceu comigo durante 11 anos e 22 filmes. E fechou com chave de ouro.

Depois do filme, eu e minha esposa fomos pegar nossos filhos na casa do meu sogro e fomos pra casa. Quando levei minha filha pra cama dela, oramos pra agradecer pelo dia, quando eu ia sair do quarto, ela me abraçou e disse: “Pai, te amo mil milhões vezes infinito.” Dou o abraço mais longo do mundo, sem falar nada porque senão eu iria chorar. Depois de respirar fundo, eu olhei pra aqueles olhinhos de jabuticaba com uma toquinha de unicórnio, que ela é o melhor presente que Deus me deu.

Como será o novo ciclo de universo da Marvel? Eu não sei. Mas sei que várias histórias serão escritas e várias surpresas acontecerão. Noticias tristes, alegres e inesperadas, não importa. O que importa, e como você vai escrever a sua história, e não importa qual fase de filmes dos filmes da Marvel no momento, mas de como você irá lembrar-se delas daqui 11 anos.