Homem-Aranha: Sem Volta para Casa é sobre destino e segundas chances. - Bando de Quadrados
Homem-Aranha: Sem Volta para Casa é sobre destino e segundas chances.

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa é sobre destino e segundas chances.

POR: TATO CAMPOS - 01.01.2022 17:36
6 min. de leitura

 

 

O último filme da trilogia de Spider-Man de Tom Holland está em exibição nos cinemas e veio para ser mais um marco da Marvel na experiência cinematográfica dos fãs de filmes e dos fãs de super-heróis, pois o filme chegou com um ar de Ultimato, juntando vários heróis e vilões das duas franquias passadas do Homem-Aranha, mostrando referências e fazendo fan services de qualidade para alegria dos fãs novos e antigos do personagem.

O filme chega com um presente enorme para todos os fãs do herói, pois ver Tom Holland, Tobey Maguire e Andrew Garfield contracenando e criando vários diálogos engraçados entre si, possibilitou vermos um Peter Parker muito próximo do quadrinho, embora saiba que as mídias são diferentes, Tom Holland merecia seu lugar de destaque como um homem-aranha engraçado e decente, pois é um grande ator e merecia isso. 

Um dos grandes destaques desse filme é a bondade que os Peters têm em seu olhar, que conseguem ver além dos atos dos vilões, a ponto de buscarem uma cura ao invés de uma punição, que claramente era o que Dr. Estranho estava querendo, pois estava se preocupando com um problema macro, ou seja, buscando uma solução rápida, assertiva e eficaz, porém, Peter Parker olha com uma outra ótica, pois se apresentasse uma solução alternativa para o problema, talvez solucionasse de uma maneira diferentes, oferecendo uma segunda chance para as pessoas que os vilões eram antes de se tornarem as pessoas atormentadas que querem destruir e matar. 

“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” Mateus 18.21-22. 

Como o texto acima menciona, o perdão é uma ordem, até quantas vezes devo perdoar quem pecou contra mim, ou seja, quem fez algo que me prejudica, ou até quem tentou contra minha vida, de qualquer maneira (aquele companheiro que sempre puxa seu tapete, ou aquele líder que não sabe ser líder e sempre quer se aparecer em frente ao chefe colocando a culpa em você, ou até aquele amigo que se diz amigo até você não ter mais nada a oferecer, são apenas exemplos), e Jesus, o Ungido do Pai, menciona que não apenas sete vezes, mas quatrocentos e noventa vezes deveríamos perdoar essa pessoa, ou seja, é muita coisa, pois quem muito ama, muito perdoa e muito é perdoado.

Nesta ótica, os heróis, juntos, resolvem criar uma cura para todos os vilões que estão à solta, antes que Dr. Estranho possa voltar da dimensão espelho e resolva dar um fim ao problema. O que realmente representa oferecer uma segunda chance, ou perdoar esses vilões setenta vezes sete vezes, a fim de não se igualar a um deus e ter o poder de julgar essas pessoas, como o próprio Demolidor disse em sua série, por mais poderosos que sejamos, não somos deuses para julgar quem vive e quem morre, pois isso é papel de Deus. 

Note a diferença de Deus, para ser usado apenas para o Deus único, criador de tudo, e deus, em minúsculo, para ser usado para quem se sente tão superior que está acima de tudo e todos. 

“Então, Jonas, do ventre do peixe, orou ao Senhor, seu Deus, e disse: Na minha angústia, clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a voz. Pois me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas passaram por cima de mim.” Jonas 1.1-3.

Neste pequeno trecho retirado das Escrituras Sagradas, do livro de Jonas, vemos que o protagonista do livro estava em um momento de dor e sofrimento, quando fala que na sua angústia clamou ao Senhor, vemos claramente que ele estava sozinho, sentido dores, que muitas vezes não são físicas, sofrimentos por acontecimentos ruins em sua vida que o levaram a ter sentimentos ruins, como raiva, angústia, solidão… Assim como Peter Parker, quando perdeu sua amada Tia May, após ela soltar a famosa frase “Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades!” vemos um Peter só, em sofrimento, sentindo a dor do luto, angustiado e com raiva, clamando por socorro, pois não daria conta de tudo sozinho. 

Ou seja, além de oferecermos uma segunda chance para as pessoas, nós também sempre buscamos essa segunda chance para nossa vida. Já percebeu que nos encontramos constantemente pedindo perdão pelos pecados que cometemos e pelos erros que fazemos, não apenas contra nosso Deus, mas contra as pessoas que amamos e até aquelas que não gostamos muito. Somos falhos, somos suscetíveis a sentimentos ruins, criamos cenários irreais em nossa mente para culpar outros sobre nossos sofrimentos e assim, tentar diminuir a nossa culpa perante a santidade do Senhor. 

Mas, assim como o Peter Parker do Tobey Maguire comenta no filme, mesmo que ele tenha desejado a morte do homem que matou seu tio Ben, e conseguido realizar esse desejo, nada mudou e ele só se sentiu pior, pois nas sábias palavras de Seu Madruga “A Vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena!”, ou seja, sempre que buscamos pagar o mal com o mal, isso se voltará contra nós e pesará em nossa mente mais ainda, fazendo com que o sofrimento seja maior e cresça a nossa angústia.

Deus é fiel e justo para nos perdoar, se caso confessemos nossos pecados a Ele, e lutemos para não mais cair nesses pecados, nos purificando de toda a injustiça, é o que está na primeira carta de João, no capítulo 1 e versículo 9. Sabemos que mesmo que lutemos com todas as nossas forças, não vamos conseguir vencer sozinhos, mas em sua Palavra, o próprio Deus, o criador, juntamente com a tentação, Ele também já oferece livramento, pois assim, poderemos suportar as tentações do mundo, sejam elas em qualquer área da vida. 

Que você e eu possamos ser como os Peters Parkers de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa e possamos ter um olhar misericordioso que oferece perdão e também olha para nosso interior, sempre nos avaliando, perante a santidade de Deus e buscando a santificação e purificação de toda a injustiça, para assim, experimentarmos a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor, que faz com que tudo coopere para nosso bem, que é sermos mais parecidos com Jesus. 

Sejam Terráqueos com Mentalidade Celestial!

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