Para comemorar os dez anos de filmes do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), temos Vingadores Guerra Infinita, que não é absolutamente nada do que estava sendo comentado na internet, mesmo tendo milhares de trailers e milhares de teorias sobre o que ia acontecer no filme, nada estava certo e nenhum trailer diz algo que acontece no filme, com uma trama muito bem montada, personagens mostrados como os mitos e símbolos que são, um vilão, que rouba as cenas nas quais aparece, não só pelo fato de ser o vilão, mas pelo fato de ser um personagem tão bem montado que acaba chamando a atenção do público em geral, com a genialidade de uma trilha sonora montada por Alan Silvestri que coloca a cereja no bolo dramático do filme e uma fotografia muito boa, é fácil dizer que é o melhor e o mais ousado filme da Marvel.
Destaques desse filme ficam com o próprio Titã louco, Thanos, que aparece logo na primeira cena e nos é apresentado como aquele vilão que só quer destruir o Universo por pura diversão, porém com o desenrolar da história, vemos que ele é um idealista, louco, genial, porém maquiavélico, que não mede os custos que terá que pagar para ter o objetivo que traçou para si mesmo. Mostra alguém que sofre as consequências de seus atos e não para pra pensar nisso, até certo ponto. (não posso falar muito, senão seria um spoiler).
Outro ponto a se destacar é o roteiro e direção do filme que nos levam de uma atmosfera “filme da Marvel” à uma atmosfera “O que está acontecendo??” Pois o filme ganha um tom mais sério, mais dramático, mais mórbido, afinal é uma guerra... Mas não se engane, nós temos todos os elementos do filme da Marvel, a aventura está presente, as cenas épicas de batalha estão presentes, as piadas estão presentes, embora com menos intensidade pois o clima do filme não pede isso, Christopher Markus e Stephen McFeely, aliados aos diretores Anthony e Joe Russo estão, realmente, de parabéns pela criação da obra de arte que é Guerra Infinita, que nos entrega algo único também, como em Pantera Negra, o filme apresenta Começo, Meio e Fim, não é algo que precise de uma continuação, é um filme que nós QUEREMOS uma continuação, precisamos saber o que vai acontecer, pois não tivemos nenhuma pista sobre a continuação da história.
Vemos muitos elementos de O Senhor dos Anéis nesse filme, não só por ter batalhas épicas entre exércitos numerosos, mas a parte de aventura que divide os heróis em pequenos grupos com uma quest diferente, que se completam e deixam o filme totalmente dinâmico e com cenas de tirar o fôlego, sem tempo para se recuperar entre as cenas.
Algo que posso destacar também é a colocação de personagens no filme, pois um time só com protagonistas, quem ficaria de lado e quem se destacaria não é mesmo? Pois então, quero destacar Thor, que é um dos personagens que mais tira aplausos e gritos das pessoas que estavam vendo o filme. Ele que antes era um herói bobo, virou um protagonista piadista, teve uma grande evolução, realmente vemos o deus do trovão, como um deus nórdico batalhando e guerreando da maneira que um deus deveria ser. Assim como a nova armadura de Tony Stark, que é toda baseada em nanotecnologia, e é quase uma armadura simbionte, pois toma qualquer forma, Iron Spider, e suas garras em forma de patas de aranha, Feiticeira Escarlate mostrando que não é apenas irmã das gêmeas Olsen e sim uma mutante extremamente forte. Além dos “Filhos de Thanos” que são personagens muito bem colocados na história, além de oponentes formidáveis para os Vingadores.
Vingadores Guerra Infinita veio para reacender aquela chama de fã que tivemos com o primeiro filme do Homem de Ferro e o primeiro filme dos Vingadores. É um filme que veio para deixar todos que assistem ansiosos para Vingadores 4 e para a nova fase e os novos anos da Marvel no cinema.
Analise extra:
Agora, não posso deixar de ressaltar um ponto muito interessante do filme. Existe um texto muito conhecido nas Escrituras Sagradas do cristianismo que se encontra no livro de Marcos, no capítulo oito e versículo trinta e seis, “Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” Essa pergunta ressoa a mente de um telespectador observador do filme, pois chegado à um dado momento do filme, um personagem diz assim “Consegui, mas me custou TUDO”.
Nós vemos claramente que não importa se nós temos tudo ou ganhamos o mundo para uma causa nobre, se isso nos custa a nossa alma, ou seja, os seus meios podem até ser justificados pelos fins que você planejou, mas na verdade, se te custarem tudo, não valeram de nada!! Somente o Deus criador de tudo pode preencher o vazio de uma alma em busca de conquista.
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