Eu Só Posso Imaginar é, com certeza, um dos filmes cristãos mais surpreendentes do ano, pois conta a história de Bart Millard, o vocalista da banda MercyMe, uma banda norte americana formada no Texas, A banda nasceu em 1994, começou lançando seis álbuns independentes antes de assinar contrato com a INO Records em 2001. A banda ganhou muita notoriedade e reconhecimento após o single I Can Only Imagine do seu primeiro grande álbum, Almost There, que foi certificado dupla platina. Desde então, a banda já editou cinco álbuns de estúdio, tendo três deles sido certificados ouro, e lançaram ainda uma compilação de grandes êxitos. A banda já ganhou diversos GMA Dove Awards.
E é exatamente sobre o primeiro single da banda I Can Only Imagine, que o enredo do filme desenrola, mostrando a história por trás da música, uma história de relacionamento familiar, confiança, onde o protagonista precisa enfrentar todos os seus medos e demônios interiores para se superar e mostrar do que é capaz, pois somente após isso, Deus poderia usá-lo para expansão do Reino dEle. Com uma mãe que fugiu de casa e um pai violento demais, Bart cresce em um ambiente hostil, levando essa hostilidade para todos os ambientes que frequenta, sempre afastando as pessoas e sendo um cara superficial. Somente depois de ver como Deus transformou a vida de seu pai e entendendo o que é o perdão real, que consegue escrever algo único, uma música chamada Eu só Posso Imaginar.
Toda essa história é incrivelmente linda e tocante, mas vendo o filme como uma obra cinematográfica ele também é bom, um filme muito bem produzido, com uma trilha sonora muito boa, principalmente para quem é fã e já acompanha a banda há tempos, ou para quem nunca ouviu, mas quer conhece-la, a trilha sonora nos ajuda a mergulhar em cada cena, sendo uma cena introspectiva do protagonista, ou uma cena alegre, a música tem o poder de nos levar para um nível mais profundo da experiência cinematográfica.
A fotografia do filme é bem legal, tendo alguns takes de lugares como casas de show, juntamente com filmagens em cidadezinhas do interior do Texas, onde as ruas são de terra e os carros levantam poeira quando passam. Caracterização dos personagens não é algo que podemos cobrar perfeição, mas um dos únicos personagens que não se parece com a pessoa original é o Michael W. Smith, pois os atores que fizeram os integrantes da banda, o agente e até a atriz que fez a Amy Grant são parecidos.
Enfim, é um filme família, de fortes emoções que tem um apelo muito bom, que é o de proporcionar várias cenas que nos identificamos com o personagem, seja em suas reações humanas, erradas, que não são de nenhum herói ou protagonista de filme mentiroso de Hollywood que esperamos onde tudo dava certo para a pessoa, não, ele é normal, ele erra, Bart tem rancores e pecados como todos nós. É diversão certa, muito choro garantido, e o que eu acho mais incrível nessa nova onda de filmes cristãos que estão chegando... A mensagem é passada, porém existe algo a mais, existe uma unção diferente no filme, algo que eu só posso explicar como Deus.
Recomendo demais a ida ao cinema, o filme vale muito a ida!!!
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